terça-feira, 6 de novembro de 2012

Ar da sala de aula prejudica o aprendizado?



Aposto que nenhum aluno já usou o ar como desculpa para as más notas. Parece até brincadeira, mas, de acordo com uma nova pesquisa, o ar pode realmente prejudicar o aprendizado.
Como as salas de aula normalmente não são muito grandes para a quantidade de pessoas que abrigam, a qualidade do ar pode diminuir, e, como isso, os estudantes podem ter mais dificuldade de concentração.
Quando não há janelas suficientes para ventilar as salas de aula adequadamente, o ar exterior não entra, e assim o ar interno pode ter acúmulo de dióxido de carbono, ou CO2, que é liberado com a respiração das pessoas. Um novo estudo da Universidade de Budapeste de Tecnologia e Economia (Hungria) revelou que o CO2 pode ser mais prejudicial aos estudos do que pode parecer.
Geralmente afirma-se que a concentração normal de CO2 em uma sala é de 600 partes por milhão (ppm). A pesquisa mostrou que a partir de 3 mil ppm, as pessoas começam a ter muita dificuldade para se concentrar e realizar tarefas com precisão.


Falta de ventilação é prejudicial

Universitários voluntários participaram da nova pesquisa. Eles tiveram que desenvolver testes de lógica em ambientes com três diferentes concentrações de dióxido de carbono: 600, 1000 e 2500 ppm.
No ambiente com 1000 ppm de CO2, os universitários se saíram notavelmente pior nos testes do que quando estavam no local com 600 ppm. Na sala com a altíssima quantidade de 2500 ppm, os resultados foram desastrosos: o desempenho foi ainda pior.
Em várias construções, engenheiros e arquitetos consideram 1000 ppm de CO2 como um ponto de referência de boa ventilação. A realidade é que seria difícil manter o nível de dióxido de carbono baixo, como 600 ppm, na maioria das escolas. A razão disso é que não é possível manter as salas de aula vazias e sem muitas pessoas por várias horas no dia.
Se estudos futuros confirmarem todas essas descobertas, pode ser que as escolas repensem o modo como é feita a ventilação das salas de aula. Isso exigiria custos mais elevados para aquecer ou resfriar o ar, mas pode ser fundamental para manter as crianças em um ambiente mais saudável.

Fonte hypescience

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